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sexta-feira, 16 de maio de 2025

Silent Dragon, o beat 'em up da Taito que "passou batido"


Silent Dragon é um beat 'em up da era clássica (1992), produzido pela Taito para arcades. Na trama, Dr. Bio, cientista malévolo, rico e louco (que mistura, hein) planeja dominar o mundo às custas de milicianos e de mutantes que cultiva. Pra completar, o calhorda sequestra a namorada de um dos protagonistas. É a deixa para você entrar em cena.

Você pode escolher entre quatro valentes, e o game permite até quatro jogadores ao mesmo tempo. O plantel conta com aquele jogador médio vestido à la anos 80 (Karatê Kid); um lutador de kung-fu; um fortão de topete e óculos escuros e um outro fortão mascarado feito ninja (parece um G. I. Joe). Ao contrário de outros beats, aqui a diferença entre eles não é tão grande. Isso se deve à economia de golpes do jogo. Não temos corridinha, balões direcionais (jogar o adversário para o lado que você quer - ou temos, mas não como devia ou estamos acostumados), pilão ou coisas assim. Dois toques para baixo mais soco, e seu herói - qualquer um - dá um carrinho, que faz as vezes de corridinha. Há um botão de especial dedicado, e ele golpeia de duas formas geralmente, com você clicando sem mover o direcional, ou com você movendo o direcional - ambos, ao atingir qualquer adversário, diminuem também o life de seu personagem. Seu boneco pode agarrar aleatoriamente um adversário, aplicando-lhe uma sucessão de joelhadas e finalizando com um golpe de impacto. Mas o movimento, novamente, é idêntico nos quatro personagens, o que empobrece a jogatina. Uma opção de balão, este sim "direcional", é, quando você apanhar o adversário na joelhada (que é aleatória, por aproximação), apertar o pulo: Isso fará seu personagem levantar o adversário sobre a cabeça, e assim é possível andar com ele e atirá-lo onde quiser - inclusive em ribanceiras...

A economia aqui é também de armas: Tudo que aparece é uma espada - por sinal de isopor, pois os adversários aguentam várias cutiladas antes de tombarem. Os galões, caixotes e máquinas de refrigerante soltam itens de pontuação ou repositores de sangue. Falando nisso, quando vir um item, apanhe-o logo, pois este é daqueles games irritantes onde itens ficam "presos" na tela (quando ela anda), ainda à vista, mas impegáveis.

As fases seguem o padrão áureo dos beats, com as variações que o gênero permite. Áreas urbanas, área de mata/floresta, uma fase sobre a carroceria de um caminhão que lembra ótimas fases parecidas em Vendetta e Mutation Nation.

Como em outros beat 'em ups da época, aqui você combate humanos (os mais aloprados e esquisitos humanos) e também alguns monstros/mutantes. No final do jogo adentramos o clássico edifício do chefão, e temos algo não tão comum nos beats, um boss rush. Um toque sinistro do jogo: Os adversários, de tela ou chefões, não têm nome: Aparece apenas a PONTUAÇÃO que você recebe ao derrotá-los - e isso apenas no caso daqueles mais fortes, ou dos chefões. Assim, um "se chama" 100000, outro 200000. O chefão final tem o sugestivo nome de 800000...

Silent Dragon, com sua mistura de Double Dragon e Final Fight, deixa sim, a desejar, mas é uma passagem bem-vinda para os fãs do gênero, e que "deixaram passar" o game no tempo em que marchávamos pelos fliperamas deste mundão. 


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