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sábado, 7 de junho de 2025

Mug Smashers, um beat 'em up da era clássica... e italiano

 


Ainda dos inícios da era clássica dos beats (o game é de 1990), Mug Smashers é criatura da empresa italiana Eletronic Devices, uma daquelas desenvolvedoras de nome genérico e atuação obscura, tendo publicado menos de dez games.

Mug Smashers é um beat 'em up ambientado na Costa Oeste dos EUA (mais especificamente no estado da Califórnia ou, mais especificamente ainda, na cidade de São Francisco). Já é um respiro na nuvem de areia fuligem, pois quase todos os beats da época ou fase são ambientados em Nova Iorque ou cidade fictícia nela baseada.

No game, você pode jogar com dois bitelos, de força aparentada: Miles e Axel. A missão é a de sempre, resgatar ela (ei, já temos games onde as donzelas resgatam os caras? Hum, a onda woke passou e acho que não fizeram...). Mas, aqui, Sheila é na verdade uma policial que andava investigando os descaminhos do calhorda Mad Dog, que resolve sequestrá-la. É a deixa para Axel, ex-criminoso barra-pesada e irmão de Sheila se unir a Miles, seu melhor amigo, para juntos partirem ao resgate.

O game não possui muitos golpes, mas eles bastam. Um botão de soco, responsável pelos combos, e um botão de chute. Aqui, há diferença: Apertando o chute com o boneco parado, os personagens dão um belo giratório; mas, com Miles, se você tocar para baixo + chute, ele dá uma rasteira giratória atingindo todos os adversários em volta. Mas o melhor é Axel: Com direcional para frente + chute, ele dá um salto mortal (aqui chamamos de estrela ou palhacinho) MUITO APELÃO. Dá pra ir rebocando adversários, e até alguns chefões, só com este golpe.


Axel aplicando seu golpe apelão...

Temos a corridinha + soco, e há um balão não manobrável (que é quando você, após apanhar o adversário, não consegue escolher lado, aplicar joelhadas, andar com ele ou saltar para um pilão ou jogadão, por exemplo). Uma curiosidade ou falha do game é que o pulo para a frente não combina com soco/chute, ou seja, voadora, só "parado", pulando exatamente e apenas para cima. O especial espalha-brasas de ambos é idêntico: Os caras viram um furação e saem moendo quem estiver na frente. Claro, você perde um pouco de life na girada...

O game apresenta uma profusão de armas, de pistolas a metralhadoras de mão, passando por fuzis. A tradicional faca, a barra de ferro e seu primo, o taco de baseball, além da chave inglesa (outro dia perdi uma 10, se tiver uma sobrando, me ajude) fazem vizinhança com um exótico disparador de arpões (desses de mergulhador) e até um bumerangue (que para lançar você precisa apertar... o pulo!). 

Além das armas, há diversos itens pegáveis/quebráveis/arremessáveis nos cenários, como hidrantes, caixotes, placas de sinalização, bancos etc.

As fases de bônus são um caso à parte em Mug Smashers: Destruir no menor tempo possível diversas cabines de fliperama; detonar blocões de gelo; lutar contra seu companheiro; e até medir forças contra um carro, empurrando-o enquanto o motorista acelera contra você!

Há algo de pitoresco, de agradável, na estética de Mug Smashers. Talvez seja o sol: O game é ambientado na Costa Oeste, como já dito. As cores são firmes e vivas, os ambientes, iluminados. Você anda de bondinho, luta em Chinatown, e bate em tanto marinheiro que certas fases mais parecem uma passeata do orgulho gay (ops, tem marinheiro na família? Lo isento, marinero, mas eles me pagam para fazer piadas aqui). De toda forma, há algo de limpo, de clean, em MS; a trocação é franca, honesta, não há firulas ou presepadas. Um game gostoso de se jogar.

Os chefões não são impeditivos, e no final temos um boss rush antes de enfrentar Wilson Fisk, O Rei do Crime Mad Dog, e resgatar nossa querida Sheila. Como na Marvel de Wilson Fisk, onde falha o Estado (patrão de Sheila!), os justiceiros dão conta. Não recomendo, mas assim funciona o mundo lá fora...


Sammis Reachers


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