segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Poema de um amigo


"A terra não é mais azul"

Mauricio Moreira

A terra de cima narrada
Seria azul cor do mar
Mas cá dentre nós já sabemos
São ondas que ferem ao quebrar

Quebram em seqüenciais movimentos
Nossa vida, essa pura ilusão
São ondas em seu grande tormento
Que a Física lhe exprime em atração

O azul que pensamos existir
É apenas um frágil momento
Pois dele não podemos exigir
Que persista em soberano alento

Logo ele também vai partir
Foi-se em tão rápido tempo
Levou consigo o momento
O Celestial azul do existir

Dentro da terra que abriga
As ondas nos causam pavor
O azul é a nossa saída
Símbolo do celestial favor

Até que se cumpra a palavra
O azul sem o mal tempo não fica
Pois as ondas do temível mar
Cumprem a lei em sua íntegra

Por vezes nos desesperamos
E às vezes somos mesmos tragados
Por um mar ao qual nos sujeitamos
Desse mundo de inúmeros afogados

Mas a história um dia termina
Com a vitória do azul celeste!
Que um dia vencerá esse mar
Devolvendo os que nele perecem

E assim nossa história termina
Narrando a aventura terrestre
Que além do azul celeste
Tem ondas que cumprem sua sina

A terra não é mais azul
Terminei de compor o motivo
Em breve nem mais verde será
Nesse triste mundo de cinzas

Dedicada ao Sammis Reachers - Um Irmão que recebeu generosamente este verme no canteiro dele.

Esta poesia foi composta ontem (18 de fev.), após leitura de uma obra do sítio eletrônico dele intitulada: "A Blindagem Azul". Confesso que achei o título intrigante, não resisti e escrevi esta. Para minha surpresa, após leitura da obra dele (o título que me inspirou) pude notar a também - similaridade no tocante ao tema abordado por ambas. [Incidentes Felizes!] Percebendo o maravilhamento por parte dele (Sammis) pela cor azul (notório em outro sítio eletrônico dele, resolvi dedicá-la ao mesmo.

Fonte:
www.quartocanteiro.blogspot.com.

Um comentário:

Verme de canteiro disse...

[Eita!]
Que surpresa!
Obrigado pela generosidade.
Deste verme espantado e mal acostumado com generosidades em um mundo tão estranho. Ainda restam grãos de gente nesse deserto seco de vidas. Vamos plantar!
Obrigado.

do verme ./.

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