sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Angelo Agostini - sua vida, arte e influência


Angelo Agostini (Vercelli, Itália 1843 - Rio de Janeiro RJ 1910). Caricaturista, ilustrador, desenhista, crítico, pintor, gravador. Ainda criança muda-se para Paris, onde conclui seus estudos de desenho em 1858. Reside em São Paulo a partir de 1860, e quatro anos depois funda, com Luís Gonzaga Pinto da Gama (1830 - 1882) e Sizenando Barreto Nabuco de Araújo (1842 - 1892), o semanário liberal Diabo Coxo. Em 1866, cria, com Américo de Campos e Antônio Manuel Reis, o jornal O Cabrião, periódico semanal, no qual publica sátiras sobre a Guerra do Paraguai. Além disso, nessa publicação, merecem destaque a série de pequenos artigos Instruções Secretas dos Padres da Companhia de Jezus, onde ironiza as estratégias de enriquecimento da ordem religiosa, e a caricatura O Cemitério da Consolação em Dia de Finados, sátira sobre o feriado cristão. Esta charge gera uma grande polêmica desenvolvida nas páginas de dois outros periódicos, O Diário de São Paulo e o Correio Paulistano. Muda-se para o Rio de Janeiro e passa a colaborar no periódico O Arlequim, em 1867, e na revista Vida Fluminense, em 1868, que publica pela primeira vez a história infantil de sua autoria Nhô Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte. Entre 1869 e 1875, trabalha como colaborador na revista O Mosquito onde, em 1872, publica caricatura satirizando a tela Passagem de Humaitá (1868), de Victor Meirelles (1832 - 1903). Em 1876, funda a Revista Ilustrada e, como editor, publica, em 1879, a série de caricaturas Salão Fluminese-Escola Brazileira, em que satiriza as obras enviadas para os salões de belas-artes. Em uma dessas caricaturas, intitulada Oferecido ao Eminente Pintor Victor Meirelles de Lima, o artista ironiza as telas Batalha dos Guararapes (1875/1879), de Victor Meirelles, e A Batalha do Avaí (1872/1877), de Pedro Américo (1843 - 1905). Durante a campanha abolicionista, Agostini publica na revista a série de caricaturas Cenas da Escravidão, em que, fazendo referência aos passos da paixão, apresenta, em 14 ilustrações, diversas formas de tortura a que eram submetidos os negros cativos. Em 1889 viaja para Paris e lá permanece até 1895. Nesse ano retorna ao Rio de Janeiro e funda a revista Dom Quixote. Trabalha na revista O Malho, em 1904, e integra a equipe fundadora da revista infantil O Tico-Tico, em 1905.


NHÔ QUIM - O mais antigo quadrinho nacional




Em 30 de janeiro comemora-se o Dia do Quadrinho Nacional. Data essa, instituída para homenagear o pioneiro artista Ângelo Agostini (1843-1910) que publicou no dia 30 de janeiro de 1869, Nhô-Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo.


Apesar de ser uma arte que encanta e apaixona muita gente no Brasil, pouca gente sabe quem foi Angelo Agostini. Angelo Agostini nasceu na Itália e chegou no Brasil com 16 anos. Morou inicialmente em São Paulo, onde fundou o primeiro ilustrado com o título “Diabo Coxo”. Anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde sua carreira de cartunista deslanchou.
Nessa época, já há muito se fazia cartum no Brasil e no mundo. O que faz de Agostini um nome tão importante foi a publicação, em 30 de janeiro de 1869, da primeira história em quadrinhos do país e que figura entre as mais antigas do mundo.


“Nhô Quim é um caipira que vai para a cidade do Rio e se choca com a civilização meio rural, meio urbana. É uma caricatura dos costumes da época”, explica o jornalista e pesquisador Athos Eichler.


O pesquisador afirma que, 14 anos depois, Agostini lançou outro personagem, Zé Caipora, que também fez história. Publicado inicialmente na “Revista Ilustrada”, mais tarde ele foi retomado em outras edições e teve suas aventuras lançadas em fascículos. “Isso é algo que gosto de chamar a atenção. É a primeira revista exclusivamente de quadrinhos e a primeira que acompanha as histórias de um personagem fixo”, afirma.


Em 2002, Eichler lançou pela Editora do Senado Federal o livro “As Aventuras de Nhô-Quim & Zé Caipora”, recuperando ambas as histórias na íntegra. “Sempre fui interessado por esse material, que até então não tinha visto completo. Achava impossível ninguém ter publicado aquilo até então”, lembra.


Nhô Quim, um personagem bem retratado no filme Marvada Carne, de certa forma homenageia o criativo Angelo Agostini, num dos melhores filmes nacionais.


Fonte: http://impulsohq.com
Foto ao alto: http://www.quadrinize.com



Troféu Angelo Agostini


No dia 30 de janeiro é comemorado em todo o Brasil “O Dia do Quadrinho Nacional” em homenagem a Angelo Agostini,criador da primeira História em Quadrinhos brasileira, em arte sequêncial e, com um personagem fixo,  que começou a ser publicada em 30 de janeiro de 1869 e que durou mais nove capítulos sob seu traço, com o título As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte e, para homenagear a data, AQC-ESP (Associação dos Quadrinistas e Cartunistas do Estado de São Paulo) criou, em 1984, o Prêmio Angelo Agostini que visa homenagear e premiar os profissionais da arte sequencial. Visite: http://aqcsp.blogspot.com/2011/11/amanha-reuniao-da-aqc-as-10h00.html




ALGUMAS ILUSTRAÇÕES
(clique nas imagens para ampliar)
De volta do Paraguai. (Vida Fluminense, nº 12, junho, 1870). 
Na representação de Agostini, ex-escravo combatente e condecorado vê sua própria mãe no tronco ao voltar da guerra. 

 "Natal de 1877", Angelo Agostini. Caricatura representando as "facadas" com o natal. A imagem é a primeira a ilustrar uma árvore de natal, no Brasil.

Algumas capas da Revista Ilustrada

 Ângelo Agostini retrata Martinho de Campos, líder do Partido Liberal.

 1881

Caricatura de Floriano Peixoto



Pedro II dormindo... 1887

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