domingo, 9 de dezembro de 2018

Poemas de Amor em Trânsito, novo livro de Sammis Reachers


      Este livro é um pequenino mimo. Poemas e livro possuem uma única leitora efetiva ou assertiva, que acumula as vezes de musa e destinatária dos versos – minha Érika.

      O título do livro decorre de a franca maioria dos poemas ter sido escrita em trânsito – dentro de ônibus e, em geral, quando eu atravessava a baía de Guanabara em regresso para a São Gonçalo de meu desmazelo, vindo dos encontros no Rio de Janeiro com a minha então (primeiro) amiga, depois namorada, hoje esposa, consorte, âncora de Deus e fofa metade.
                                                                 
      Poemas não ‘trabalhados’, mas instantâneos, escritos no celular e imediatamente remetidos de volta à sua origem – e nisso mesmo mais preciosos, frutos do puro e espontâneo enlevo poético e sua escrita quase automática, irrefreável (e os poetas sabem do que falo).

      Passeios no Jardim Botânico (onde os bancos guardam nossos nomes), na praia de Copacabana – onde enfrentamos duas tempestades climáticas e uma relacional... Tours regados a café expresso pelos museus diversos do centro da cidade... Nossos beijos entre os livros (onde mais?) da aprazível Biblioteca Parque Estadual, e uma tarde edênica, elísia, no Jardim Suspenso do Valongo... A distância e a incompatibilidade de horários tornavam os encontros poucos e esparramados pelo calendário, mas eram sempre repletos daquela magia arcana do amor que já julguei extinta (até vivenciá-la) e que hoje se perde (ou já nem chega a ser divisada) nos relacionamentos líquidos – e redundaram quase todos em poemas.

      Esse livrinho despretensioso é só para ela. Se o torno público, é tão-só para alegrá-la, e porque reza a justiça que compete, aos amores grandes, quando realizados, a comunicação de seu sucesso. No mais, sou um poeta na acepção mais triste do termo: mal tenho onde cair morto. Entanto, se muitas ganham joias e viagens, Pajeros e poodles, quão poucas hoje em dia podem ganhar um humílimo poema que se sustente – ou as sustenha desse ar eletrificado que a poesia insufla... E quão ínfimo é o time daquelas musas, quando musas, que possuem um livro pra chamar de seu.
      E, assim, acerto minha gravata borboleta, meu terno surrado de poeta falido – e declaro sem cerimônias meu profundo e grato amor.

Sammis Reachers

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