Se você é um retromaníaco, provavelmente já zerou todos os Metal Slugs, do 1 ao X ("x" nada: a franquia já se aproxima de seu 30º game!!!). Mas existe sempre a possibilidade de você não ter jogado um dos melhores Metal Slug já feitos. Isso porque ele é uma cópia, e como tal precisou de um outro nome: Demon Front.
A série Metal Slug apaixonou uma geração de jogadores, no exato momento em que o Brasil e o mundo faziam a transição final dos fliperamas para os consoles caseiros, quando os consoles atingiam a potência das placas de fliperama, "matando" ou ferindo de morte nossos queridos flipers. A fórmula-Slug foi explorada à exaustão: Embora sempre trazendo novidades - novos veículos, novas armas - confessemos que o que a SNK fez é tipo o que os caras fizeram depois com a série cinematográfica Velozes & Furiosos: Moeram a ideia até arrancar a última $$$eiva da miserável...
Bem, aqui (aqui não, lá em 2002) se apresenta uma concorrente arcadiana da japonesa SNK, a taiwanesa IGS. Surfando na onda, a empresa acabou fazendo não um jogo ruim (costume quando se fazem cópias) mas um game que, servindo-se da estética e jogabilidade metalsluguiana, possui personalidade própria.
Sua luta aqui é contra demônios mutantes que infestaram o planeta Andres, após um evento cataclísmico denominado Eclipse da Lua Vermelha (cuidado com luas vermelhas). Três personagens humanóides acorrem em socorro do ser macacóide (simióide? Enfim, o homem-macaco) Maya, nativo do planeta.
No jogo você pode escolher entre quatro personagens. A novidade aqui é que cada um deles vem com um pet/orb/ajudante, um pequeno pokémon que pode ser transformado em escudo corporal (campo de força) ou empregado em ataques (pressionando o soco, você "carrega" o mini-querido e em seguida ele parte pra pancadaria, disparando rajadas). Cada adversário derrotado libera um powerup, que varia de corações (aumentam a força do seu pokémon), crânios de caveira (aumentam sua força) e itens que aumentam sua munição. Ao pular e manter pressionado o botão de pulo, seu personagem "plana" por alguns segundos, através de providenciais asas escapulidas de sua mochila.
Uma ausência sensível são os veículos, marca registrada dos Metal Slugs. E as granadas, mas estas são supridas com vantagem pelos pets. As armas de mão possuem belos tiros, naqueles gêneros já conhecidos - metranca - raio - fogo - gelo - eletricidade etc. - e são conferidas por joias-powerup que você apanha na tela.
Cada uma das cinco fases possui, além de atalhos, uma caverna secreta. Nas cavernas, você acessa um item especial em formato de balão, que contém uma joia sagrada. Mas para "abrir" o balão você precisará antes ter apanhado uma chave que algum adversário deixa para trás, ao partir de volta pro inferno de onde veio, ou precisa atirar em pontos "secretos" da tela, durante seu avanço. Apanhando todas as cinco joias, terá acesso a um final diferente ou "verdadeiro" do game. O desafio acaba de aumentar, hum?
E atenção: Na sua luta final contra o Coração Demoníaco (é literalmente um coração que se apossa dos seres), ele vai roubar as características (fogo - raio - gelo - vento) de seu ajudante/pokémon, para assumir sua forma final. Ou seja, conforme o personagem com que você chegar nele, enfrentará um monstro diferente. Para ver os quatro possíveis (até a tela muda), é jogar tudo de novo ou, se estiver emulando, saber usar o save state antes de chegar no chefão.
No mais, a mecânica segue o esperado: Personagens e situações cômicas, chefões gigantes e belíssimos (dá até dó de detonar os sacanas, coitados), e muito chumbo trocado, num planeta exótico e cabuloso. Recomendado para fãs e não fãs de Metal Slug!
Sammis Reachers
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