domingo, 3 de agosto de 2025

Um passeio pelo paraíso: O universo de shmups do PC Engine/Turbografx 16


 O assunto é mais que batido, manjado. Mas sempre há o desavisado, e é hombridade ajudar aos necessitados. Então falemos um pouco sobre o universo shmup do PC Engine. Criado pela NEC em parceria com a Hudson Soft, o console, como sabemos, foi lançado apenas no Japão, onde obteve amplo sucesso, e nos EUA, onde infelizmente não emplacou - o que deve ter atrapalhado uma possível expansão do console para outros países ocidentais.

Quando falamos em shmups, com um mínimo contato, e ao comparar com os demais consoles compatíveis - SNES e Sega Genesis - você percebe que está em outro lugar. Outro patamar, outra pegada, outro universo. Há uma especialização clara aqui, uma profissionalização. Sim, os desenvolvedores entenderam o espírito do console, ou o pedido - se houve - da NEC. 

São jogos todos bons, alguns bons demais. Vamos ver alguns deles - na verdade, nada menos de quinze - mais de perto.



A FAMÍLIA SOLDIER A palavra soldado tem uma origem algo inusitada. A palavra tem origem provável no latim Solidarius, que por seu turno vem de solidum numus, ou "dinheiro sólido". Os soldados romanos recebiam salários em moedas sólidas (soldo), moeda que, nas legiões de Roma, era o sal. Sim, esse de cozinha.

No reino das naves, o PC Engine parece nutrir uma adoração toda especial pelo termo soldado (soldier). Na verdade, trata-se principalmente de uma franquia, a Star Soldier, cujo primeiro game (1986) saiu para MSX e NES, enquanto suas sequências imediatas saíram pro nosso PC Engine: Super Star Soldier, Final Soldier, Soldier Blade e Soldier Parode. Assim, a família dos soldiers é bem robusta.

Entre outros atrativos, os jogos da família possuem um modo de 2 ou 5 minutos de jogo, ideal para torneios em que o objetivo é ver quem faz mais pontos. 


Super Star Soldier - Segundo game da franquia Soldier (Kaneko/Hudson Soft, 1990), este é um dos clássicos absolutos do gênero no console. Com sua velocidade e seus tiros sempre superlativos, pegando vastas áreas da tela, SSS é uma grande pedida. Além dos tiros serem apelões, os powerups vêm à toda hora, o que ajuda muito. Ou atrapalha! E quando seu tiro está no up máximo e você pega outro da mesma cor, isso tem o providencial efeito de uma bomba na tela. Além de dois orbs que circundam sua nave, duas "bolhas" também fazem sua proteção. Mas fique esperto, aqui seus orbs morrem fácil. Para completar seu poder de fogo, você ainda pode pegar os tradicionais mísseis. No mais, o padrão PC Engine: A velocidade você altera no select, e a cada dano você "perde" um powerup - vão-se os anéis, mas ficam os dedos.

O jogo se passa quatro anos após os eventos de Star Soldier, quando os inimigos da Terra, os anteriormente derrotados Star Brain, retornam ao ataque, desta vez com sua nave mãe, a Mother Brain. Sua nave, a Neo Cesar, é a última esperança da Terra.

Um ótimo jogo de entrada, fácil - ao menos até o boss rush no final...


 Final Soldier - Em Final Soldier (Hudsonsoft, 1991), terceiro volume da franquia Star Soldier, estamos no século 23. Não mais que de repente, uma fenda espaço-temporal se abre sobre o Oceano Pacífico, e dela emerge uma nova força conquistadora, os seres tecnorgânicos chamados de Gader'el. Eles dominaram a Terra do futuro, e agora buscam garantir seu domínio tomando o passado também. Sua nave aqui é a Dryad, capaz de saltar no tempo, única forma de chegar aos domínios finais de nossos inimigos.

A jogatina segue o padrão clássico do console: Powerups mudam e upam os tiros, e você apanha mísseis e orbs. A velocidade é alterada pelo novamente padrão PC Engine (select). Os orbs servem também como bombas especiais: É possível detoná-los e acertar todos na tela, um sacrifício digno apenas dos melhores amigos. Só é possível acumular dois orbs, então, detone um assim que ver o powerup de orb surgir na tela. Sua nave segue o padrão PC Engine também na colisão de tiros: Um tiro levado e seu disparo perde potência, mas você segue vivo. Falando em tiro, cada um dos quatro tiros tem três modos, e no início do jogo você pode selecionar o formato que cada tiro (normal, laser, fogo, círculos de energia) terá. Até o tipo de direcionamento dos mísseis pode ser selecionado. A dificuldade também pode ser escolhida. No modo normal, o desafio é agradável.

O resumo é o esperado: Um jogo bom demais.


Soldier Blade - A família Soldier é tão boa que é difícil escolher o melhor. Mas quem sabe seja este aqui, que é o quarto game da franquia? Como sempre, um dos destaques são os tiros, poderosos e sempre passíveis de troca, dada a profusão de powerups. Como nos irmãos, aqui você apanha orbs que servem também de especial, mas ao invés de explodir, eles se tornam drones "incendiados" que caçam todos na tela, antes de expirarem (é possível acumular até três). E o powerup dos orbs é "2 em 1": Tanto define seu tiro quanto se torna um orb. Os inimigos são belíssimos. Lançado em 1992 pela Hudson Soft, aqui combatemos uma nova força hostil, o Exército Zeograd. 


Violent Soldier - Esse tem Soldier no nome, mas não faz parte da família acima. Vamos tê-lo como primo de consideração. Na verdade, ele possui outro título até mais conhecido: Sinistron. Em Violent Soldier, jogo da Alfa System/IGS de 1990, a pegada tecnorgânica tão cara ao universo shmup dá as cartas. A singularidade do jogo está principalmente em sua nave: Ela possui uma "boca" que, conforme mais ou menos fechada, altera os tiros. Fechada, tiros concentrados; aberta, espaçados. Powerups na tela mudam o tipo de disparo e conferem velocidade à sua inicialmente lenta nave. Dois orbs imortais fazem sua escolta; não atiram, mas aparam muita bala em seu lugar. Sua nave consegue carregar um pulso de energia, que causa dano a todos os adversários em seu entorno próximo. 

A história do game varia conforme a versão de PC Engine ou Turbografx 16, mas basicamente você precisa combater uma ameaça alienígena que chegou ao Sistema Solar - uma força devoradora de planetas, chamada Sinistron. Se você quer aquele shmup sinistrão, bora de VS!


Download - Desenvolvido pela Alfa System/NEC Avenue, Download nasceu em 1990. Montado numa moto futurista que vira nave, você avança por seis fases, cada qual com 3 estágios. Chefes e sub-chefes maneiríssimos te aguardam, além de um belíssimo game level. Seu tiro pode ser mudado a cada passagem de fase, e pode ser upado via powerups. Mas, a cada tiro que levar, perde um "up", e seu tiro regride ao estágio imediatamente anterior. A velocidade da nave pode ser regulada via select - Uma característica de outros shmups do PC Engine. Como eu disse, aqui há uma profissionalização desse trampo de fazer shmups. 

Na trama, movida a cutscenes à la Ninja Gaiden, estamos em 2099, mas não é aquele universo paralelo da Marvel, e sim uma Tóquio ciberpunk. Você é o anti-herói Syd, que precisa resgatar sua amiga do vilão chamado Nero.


Terra Cresta 2 - O clássico ancião, Terra Cresta, ganhou essa bela continuação (na verdade é o terceiro jogo da franquia, mas deixe rolar) a cargo da Nichibutsu, em 1992, exclusiva para o Pc Engine. O grande destaque de Terra Cresta é o mecanismo de upgrade de sua nave. Os upgrades de nave, marcados por letras, conferem novo formato e, claro, novos disparos à sua possante. Não só; com um toque no botão, você "expele" suas cangalhas, e elas agem como orbs, durante alguns instantes. Nessa brincadeira, são muitas as configurações e tiros possíveis, alguns bem maneiros. Outra funcionalidade advém da captura de letras "F" que surgem na tela. Ao completar a sequência, sua nave libera tiros que tem efeito de bomba (já que aqui não temos a tradicional bomba salvadora dos shmups). 

Seu objetivo aqui, à bordo da Wing Galibur II, é destruir o exército Mandler, antes que eles detonem com a Terra. Um jogo inevitável para todo fã de shmups!


Final Blaster - Game da Namco de 1990, exclusivo para o console. Trata-se na verdade do terceiro game de uma franquia chamada Bosconian. A manha aqui é pegar e manter seus orbs. O avanço pelas telas é mais lento que o usual do shmups, e a velocidade de sua nave é regulada pelo select, que altera a configuração de sua nave: Quanto mais compactada sua nave, mais lenta; quanto mais abertos os aerofólios, mais veloz. Seus orbs fazem o papel de bombas: Mas, ao detonar um, é claro que ele se vai. Sua nave pode carregar um tiro, uma espécie de fênix que atravessa tudo na tela adiante. Você avança por sete estágios. Parece fácil, mas logo o caldo engrossa. Ah, coloca lá na conta dos games com belos finais.

A trama é a de sempre: Você precisa repelir a ofensiva alienígena a cargo dos Bosconians. Sua nave, a poderosa Blaster Mark II "Phenix", dará conta do recado? É contigo, meu brow! 


W-Ring - The Double Rings - Jogo da Naxat Soft, de 1990. Numa estética que lembra algo de Gradius e R-Type, você avança com sua nave por telas expandidas (que se estendem para cima e para baixo, conforme você direciona sua nave). Os powerups de tiro trocam de cor, no esquema conhecido: cada cor é referente a um tipo de tiro, sendo cinco os disparos possíveis. Há os tiros emitidos por um anel que circunda sua nave, e que também serve de escudo protetor - daí "Ring" (anel, dãã). Há itens secretos nos cenários, que podem conferir pontuação e mais, levá-lo a versões alternativas das fases.

Não há muita história de fundo: Sua nave precisará avançar por metade dos planetas do Sistema Solar, detonando a monstraiada até chegar à(s) base(s) do inimigo. Belo game!


Heavy Unit - Jogo da Taito que, após a estreia nos arcades (1988), foi portado para Pc Engine (1989). Em 1990 saiu também a versão para o Mega Drive. Aqui o nome não engana: Sua nave é pesada, atrapalhando demais as desvianças. Mas logo vêm os powerups, que, além de aumentarem sua velocidade e melhorarem o tiro, permitem que você metaforme em um mecha. Além do tiro direto, seu personagem dispara bombinhas de energia no modo mecha, ou mísseis no modo nave, pelo outro botão. Também é possível descolar um campo de força. E tudo isso vai ser necessário para superar o alto desafio de Heavy Unit!

Na trama, você precisa defender Le Tau, o primeiro planeta artificial construído pela humanidade, e que se encontra sob ataque de uma força de bestas cósmicas.


Atomic Robo Kid Special - Lançado para os arcades em 1988, ARK foi logo portado para diversas plataformas. Mas, para o PC Engine, não foi um port à moda qualquer: Aqui ele foi reconstruído (daí o Special), sendo quase um jogo novo (estamos no paraíso dos shmups, lembra?). 

Estamos em Terra-12, colônia humana atingida por uma explosão de radiação cósmica que trouxe morte e mutações a toda a vida do planeta. Como se não bastasse, no rastro da radiação surgiu uma força alienígena hostil, dominando a colônia e exterminando o que restou de vida por ali. Após anos de combates, seu robô é a única esperança de vingar os humanos massacrados.

Você conta com 4 tiros, upáveis via powerups, mas que podem ser perdidos, quando você morre usando um deles.  Os powerups podem ser alterados atirando-se neles. O level design é diversificado: Duas fases de avanço em rolagem lateral, como um shmup comum - embora seu personagem tanto ande quanto voe -, uma fase de duelo contra um robô equivalente ao seu, uma fase de labirinto, e por fim o enfrentamento contra um chefão, sempre de grandes proporções. Serão 25 estágios nessa vibe. Mas fique tranquilo: Além de fácil, ARKS é um jogo gostoso de se jogar. Aquela higiene mental tão merecida!


The Lost Sunheart (Boken Danshaku Don) - TLS é um shmup de rolagem lateral lançado pela I'MAX em 1992, com exclusividade para nosso console. Com uma história elaborada, alimentada por cutscenes entre as fases. Aqui você precisa resgatar cinco cristais que permitem o funcionamento de um engenho vital para seu povo, o Coração do Sol, cristais esses roubados por uma força maligna. 

Sua nave vai sendo modificada ou mesmo substituída (até de submarino high-tech você guerreia), e os powerups garantem tiros cada vez melhores. O velho esquema PC Engine aqui reina: Velocidade alterada via select, nave com life ou barra de energia, cada tiro levado diminui seu poder de tiro (você perde um powerup). O game só utiliza o botão de tiros. Mas, via start, é possível selecionar opções de tiro (que mudam disparos ou lhe conferem orbs variados) que você habilita após recuperar cada um dos cinco cristais. O que ajuda no desafio, que aqui é bem grande. Aventura total.


Burning Angels - Game de 1990 desenvolvido pela Naxat Soft para o PC Engine. Não se deixe enganar pela barra de life, que parece bastante generosa. Sim, você aguenta muitos tiros, mas ao acabar a barra, acabou: Era sua única vida. 

Você pega powerups para upar seu tiro, adquirir bombas, mísseis e ainda orbs, mas cuidado, pois eles morrem fácil. E as bombas e mísseis são perdidos após você tomar um ou dois disparos. É possível optar entre duas naves, com disparos algo diferentes. Ao se encher a barra de energia no centro da tela (você a carrega coletando estrelas) é possível acionar um "especial", com select + botão 1 ou 2 (cada combinação surte um efeito). 

No mais, um jogo interessante, com aquela pegada de cutscenes mais apimentadas, gênero explorado desde há muito nos shmups. Afinal, as tais angels são, além de pilotos, quase pin-ups e a missão é resgatar uma delas. E a dificuldade, que parece pequena no início, é só enganação. Cê vai sofrer muito, soldado! Um exemplo pra acabar: Se você jogar no modo dois jogadores, se um morrer o jogo acaba para ambos. Deixe eu te ajudar, você pode estar distraído: SE UM MORRER, OS DOIS "MORREM", POIS O JOGO ACABA. Burning Angels (Anjos em Chamas) deveria ter é outro nome...


Gokuraku! Chuuka Taisen (Cloud Master) - A China possui 4.000 anos de civilização, como ela gosta de lembrar, mas suas lendas ou mitos, eles se esforçam em nos fazer acreditar, parecem restritos ou repetitivos para um povo com tanta história acumulada. Calma, você vai entender. Há mais de dez jogos sobre a lenda dos três reinos, contada na Romance dos Três Reinos, clássico da literatura chinesa. Isso até a quarta geração (16 bits). Outra lenda recorrente - vide o recente sucesso Black Myth: Wukong - é a do rei-macaco que voa em sua nuvem. Como você sabe, ela inspirou o personagem Goku, e há uma quantidade de jogos baseados na lenda. 

Em Guraku! Chuuka Taisen (Taito, 1988, 1992) você voa verticalmente numa nuvem, combatendo inimigos lendários da mitologia chinesa, bem como pratos de sopa, ramen (opa, na China é lamian), bolos da lua, cabeças de porco e outros quitutes saborosos, aqui alistados para dar fim ao seu personagem.

Os disparos do herói podem ser upados via powerups, e atenção: Ao eliminar o subchefe de cada fase, uma porta se abre nos ares, uma janela de oportunidade, e se você conseguir entrar nela antes que a tela ande (pois a vida não para, amiguinho) você acede a um menu onde pode escolher entre quatro disparos especiais. Os disparos só são perdidos caso você morra uma vida, e as opções à escolha mudam, conforme você avança. No mais, o desafio é moderado, e é possível avançar de boas até o resgate da princesa Shun Li. O jogo nasceu nos arcades, mas logo chegou ao Pc Engine, NES e Master System.


Hana Taaka Daka!? - O estilo de shmups cute 'em up, ou cuti-cuti, possui seus bons representantes em nosso paraíso PC Engineano. HTD é um deles, exclusividade da Natsume/Taito (1991) para o console. Pra começar, vamos alterar o termo "batalha campal" para batalha no campo: Tengu, uma espécie de galinha-dodô ou ave hipercolorida e calçando getas (os tamancos de madeira japoneses) é convocada para resgatar Inari, capturada pelo vilão Jikanda. O tal inimigo, um guaxinim, é o bichão mermo, hein, doido: Todo adversário comum que você elimina se transforma num guaxinim, antes de desaparecer!

Sua (n)ave consegue melhorar o tiro, apanhar orbs (galinhazinhas) e outros apetrechos, como bombas variadas (contadas) e escudo (círculo de bolhas para aparar os tiros inimigos). Outro lance interessante é que, após papar certos pwerups, sua ave aumenta de tamanho; ao ser atingida, encolhe, e assim sucessivamente até o limite mínimo, quando o próximo disparo recebido representa o fim, a grelha da churrasqueira. Você também pode carregar o tiro, pressionando o botão de disparo. E o tiro carregado muda conforme o powerup específico que você tiver pego. Destaque ainda para as telas secretas escondidas em cada fase.

Com todo o seu colorido, HTD é um jogo muito bom e engajante.


Gunhed - Também conhecido por Blazing Lazers (EUA), Gunhed foi publicado pela Hudson Soft em 1989, e é aquele shmup que você pode chamar de paraíso dos powerups. A todo o instante eles brotam, sejam dos tipos de tiros, numerados em algarismos romanos (I, II, III, IV, V), sejam mísseis, orbs, escudos... Até as bombas especiais do jogo acorrem em profusão para socorrer você: Já na primeira fase você consegue acumular mais de doze. No começo é confuso, mas você logo aprende a desviar dos powerups indesejados e focar nas combinações de powerups mais interessantes. Nove fases, bons chefes, vidas ganhas por pontuação, boss rush no final... 

Numa galáxia muito, muito distante, você pilota Gunhed Advanced Star Fighter (seria melhor GASF) e precisa derrotar as hordas do Dark Squadron.

Como um dos primeiros jogos lançados para o console, Gunhed mostrou serviço e a potência da máquina. Shmup desenvolvido com a ajuda da Compile meio que diz tudo... Posso falar? Eita jogo bom, sô! 

*   *   *   *   *

Esses 15 games são apenas uma palinha da biblioteca aeroespacial do PC Engine. E os que conhecem o console podem ter percebido que resenhei aqui apenas jogos de cartucho, ou HuCard. Com a chegada do CD ao setup do console, jogos – e muitos deles, shmups – ainda mais poderosos aportaram nos céus, mas isso fica para um outro artigo.



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