quarta-feira, 11 de março de 2009
O MONSTRO
O MONSTRO
Monstro existe. Existe com ou sem a sua concordância.
Monstro existe, moço. Eu afirmo. E não é coisa de criança.
Ontem à noite um estava no meu quarto. Foi um sufoco.
Acredite em mim eu não estou louco. Eu vi sua semelhança.
Acredite seu moço. Monstro não é coisa de criança nem de louco.
O monstro ladrão ladrava que nem cachorro.
Zumbia que nem mosquito e muriçoca.
Cantava insistente como se tivesse com raiva.
Cantava que nem galo e mugia que nem gado.
E relinchava alto quem nem asno.
Monstro maldito me deixa dormir!
Monstro hipnótico me fez ligar a TV
Abrir geladeira, ir ao banheiro.
Fui pra cama e o monstro lá, perto de mim.
Agarrou nos meus olhos de malvado
Monstro sabido... Se eu dormisse ele morria.
Quando eu ia fechando o olho o monstro começava tudo de novo.
Ladrava. Relinchava. Cantava e zumbia. No meu ouvido zumbia.
Como dragão maldito baforava calor que no coro doía.
Monstro malvado fez carro na rua buzinar.
A vizinha e o marido brigar.
E a pobre da criança chorar.
E como passarinho queria se passar.
É, seu moço, os bicinhos todos começaram cantar.
Mas era ele. Era, sim. Acredite em mim.
Seu moço, esse é monstro ardiloso.
Fui caindo na dele e ficando invejoso.
Olhava pra quem dormia e inveja sentia.
Estava ficando abusado, olho vermelho, cansado.
E o mostro insistente seu moço não me largava.
A luz lá fora brilhou e o monstro esquisito me deixou.
Você não acredita em mim, não?
Qualquer noite dessas o monstro vem te visitar.
Aí você vai vê se essa história de monstro é coisa de criança e de louco.
Hum!... Espera Pra vê... Espera e vai ver se eu sou louco.
Lá já pro fim ouvi o monstro gritar com voz medonha antes de ir:
Meu nome é insônia. Quando menos esperar vou voltar. E gargalhou:
AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH! KA!KA!KA!KA!KA!KA!KA!...
Pr. Luiz Flor dos Santos
Visite o blog do Pr. Luiz: http://poesiadegraca.blogspot.com/
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