sábado, 14 de janeiro de 2012
Três poemas de Manuel Adriano Rodrigues
vou aquecer o sol
o dia não nasceu feliz
sou eu
que o quero assim
vou aquecer o sol
com cuidados de alquimista
e a língua de fora
olhos atentos
mãos de abraçar
risos
e as inevitáveis danças
do coração
e o mundo de novo
novo
sentido
no sentido
dos ponteiros do relógio
o amanhã
é hoje
a demanda
destruí as pontes
que cruzei
até aqui
sob os meus pés
a demanda
e não me detive
em arrependimentos
a chorar barato
nos meus precipícios
as tuas mãos
na minha boca
a tua
Olhai os lírios do campo
A casa do grilo é feita
de montanhas, flores, nuvens,
ar
e do seu encanto particular. Um insecto
minúsculo com a inteligência
cósmica das grandes
opções filosóficas. Um buraco no chão,
os olhos nas estrelas
e a música no coração. Enquanto espera
pelo socorro
canta imperturbável, o grilo
sábio
espalhando amor
entre dois pinheiros.
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