Assisti ontem (04/03) a este ensaio. Um filme de ação virulenta, violência virulenta, mas fundamentalmente um filme sobre a decadência. A decadência e suas implicações, a possibilidade (sombra dentro das sombras de nossos humanos demasiado humanos passos) de um futuro não de rosas, mas distópico, violentado pela dor, abandono, ruído, a colheita ruinosa das escolhas erradas, o preço de hesitações se sobrepondo.
Um filme triste, triste para o assistente neutro, triste ainda mais para o fã de quadrinhos, para aqueles que praticamente aprenderam a ler em cima de um gibi, como eu.
A violência, crua, é apenas pano de fundo para um ensaio, dentro das possibilidades do cinema comercial, sobre paternidade, senilidade, decadência e esperança. A fotografia algumas vezes poética ao extremo amplia a sensação de desolação ao vermos dois ícones X em sua derradeira jornada, derradeira jornada rumo a um Éden que só pode existir em sonhos, ou erigido pelo sacrifício dos já sacrificados.
Onde uma cruz em X tomba, uma cruz em X ergue-se. Você entenderá.
Para sempre X-Men.
Nenhum comentário:
Postar um comentário