"Ideias não podem ser possuídas. Elas pertencem a quem quer que as compreenda."
Sol LeWitt
Mas há quem me pergunte, de quando em vez e algo inocentemente, o porquê dos livros gratuitos. Porque todo livro deveria ser gratuito, salvo o gasto em papel, gasto que não tenho.
"Mas o obreiro é digno de seu salário." Dê um salário ao obreiro, ora pois; o direito autoral vai muito além disso, é uma usurpação ad-infinitum (100 anos? Isso é o infinito, pois transcende a vida de um homem), um ato de lesa-humanidade.
Ideias contundentes quando estrondam contra a concha em que o $istema lhe nutriu, hum? Isso começou há não muitos séculos, em terras de Adam Smith, e foi aperfeiçoado em terras de von Mises, mas isso é outro e mais complexo assunto, com sua própria carga nauseabunda.
O importante sobre uma aculturação, uma cangalha, é que nunca é tarde para ser livre, para deitar o fardo d'outros pelo chão. E basta despir-se um pouco para perceber a clareza de tudo isso, dessa transcendência, essa TRANS-pessoalidade do/no mundo das ideias, essa corrente unidirecional (para a frente, sim, mas isso não denota necessariamente uma fé cientificista no "progresso") e construto coletivo, VISCERALMENTE e aprioristicamente coletivo, que as ideias são.
"Se cheguei até aqui foi porque me apoiei nos ombros de gigantes", dizia Newton, o Isaac. O Conhecimento é assim: nada surge do nada, todo conhecimento é CONHECIMENTO DERIVADO, elo de uma cadeia que nasceu no barro, nasceu em Adão.
Por essas e outras que eu, o bom aluno que nunca gostou da escola, terminei como professor...
Poderia estar ganhando dinheiro, mas sou tolo ou homem demais pra isso. Não sou um individuado e ambulante centro do Universo, sou um elo ínfimo num esforço amplo, membro de um corpo cumprindo sua função, seja o corpo social, seja o corpo de Cristo, sem que isso tolha minha individualidade e singularidade.
Sammis Reachers
Nenhum comentário:
Postar um comentário