Hoje é o Dia dos
Namorados, ou assim o comemoramos neste Dia do Senhor
Ela
está aqui ao meu lado.
Fez
um dos pratos mais deliciosos que já comi;
Apanho
sua mão perfumada e trago ao meu rosto
Faço-a
de travesseiro, berço, trama e tumba a bastar-me:
As
linhas de sua mão são a conclusão de meus circuitos
Já
tive algumas mulheres, sim, ou
Beijei
algumas mulheres, melhor assim
Que
isso de posse ao fim e ao cabo cabe a quem assina,
Mas
em todo caso dei-me sempre retido, a entrega é sempre retesada
Num
homem - ainda que aparentemente lançado
É
apenas uma parte de seu coração que ele lança:
Mas
eis-me aqui, entregue, catapultado por inteiro
Ao
pequeno oceano de amor que essa moça
Tão
terna trouxe de tão longe
Hoje
é o Dia dos Namorados, e a pele dela todo dia
É
um pergaminho branco, um convite ao poema
Apanho
sua mão
Sua
mão que ao meu rosto arrebanha,
Pastora
dos animais que me habitam
Apanho
sua mão de unhas azuis
“Olha,
sua cor preferida”
Ah!
Minha cor preferida é a que você usar, menina
Nem
se deu conta ainda, ninfa potestade
Da
capitulação das terras de meu coração,
Nem
se deu conta ainda
De
seu domínio?
Hoje
é o Dia dos Namorados
Ela
está aqui ao meu lado, vendo vídeos
Falando
de minha irmã
Ela
a moça mais linda
Rindo
sem graça não querendo ver
Este
poema que escrevo
Ela
a minha alegria, estrela não de hidrogênio e hélio
Mas
de sândalo & nitroglicerina
Ela
essa coisinha tão pequenina que aterrorizou
A
escuridão que me habita, ela que olhou minha escuridão
Olhos
nos olhos, e dedo em riste sem medo
A
estapeou, “Bom dia, vadia! Vamos, saia por onde eu entrei”
Ela
a pequena ninfa que estapeia e vitupera a escuridão e sorri,
Ciosa
agente de Elohim, palavra de renovo
Ela
que nos venceu a todos os animais em mim.
P/Érika.
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