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domingo, 30 de outubro de 2022

DIA DE ELEIÇÃO, crônica de Sammis Reachers

 

Dia de eleição é dia de catarse. De expor amigamentos e odianças por esses que o jogo político arregimenta, esses que, por pudor nos negamos a dizer, mas no fundo – sejamos nós letrados ou humildeletras, enricados e pés-de-pano – sabemos que são os piores de nós...

Dia de eleição é dia de desnudamentos, de sangria dos ânimos, de expor os radicais e seus monóculos, sua tobas de ver o mundo por um só viés. Esses de direita e esquerda, em seus extremos tão perigosos – mas não haveria jogo sem eles, afinal, os fominhas da bola.

Dia de eleição é dia de melancolia, e isso nenhum poeta, dos seis mil que conheço ou ao menos tolero, já aventou: Dia máximo de melancolia, ao revisitar velhos caminhos e seções, ao rever rostos de anos, infância até, estudos juntos, trampos, sopapos e beijos trocados.

Dia de eleição é dia de cidadania, essa obviedade central & inescapável, frenética em seus entra-e-sais quase copulosos, pois desse seu coito na urna, hoje botãonizada, nasce o rebento que nos resguarda, a democracia – mais que este ou aqueloutro ator canastrão que ocupar o cargo que lhe confiarmos.

Dia de eleição é dia de suspense, riso e lágrima, apuração de samba e final de copa, suspiros ou expiros de sonhos, projetos, construtos de luz ou maquiavélicas maquinações. E acerto de conta$, que o correligionário também come, afinal.

Dia de eleição é dia de socializar – e orar, debater, biritar, conforme a cultura da aldeia: Preocupações ou despreocupações se carnavalizam, entrechocam e abraçam – o outro feito nós na sujeição ao sistema que nos comporta, renovação de ciclo, refundação tumultuosa de nosso pequeno grande mundo citadino.

 Sammis Reachers

https://linktr.ee/sreachers


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pela quebra do sigilo fiscal dos partidos, candidatos, coordenadores de campanha e ocupantes de cargos públicos


 Amados irmãos, já a princípio compartilho que meu voto para Presidente vai para a Marina Silva. Mas a proposta que vocês lerão abaixo, do candidato à Presidência Zé Maria (PSTU), sobre a quebra do sigilo fiscal dos partidos e candidatos, merece todo o nosso apoio. 

De minha parte creio mesmo que o golpe mortal na corrupção generalizada que assola o máquina pública no Brasil (em todas as esferas possíveis e imagináveis) passa pela sistemática quebra dos sigilos bancário e fiscal dos candidatos a cargos públicos, sejam cargos eletivos, ou sejam cargos concursados (neste caso em especial os de policiais ou do judiciário, além de cargos classificados como de confiança). Claro, em tal realidade os 'atingidos' pularão nas tamancas e escoicearão, mas a caravana da Justiça não pode parar. É preciso dar um basta, e, a pagar-se o preço necessário, podemos sim reduzir a níveis mínimos (em face dos atuais) a corrupção que ora grassa. 

Lembremos do caso da Lei da Ficha Limpa. Tudo começou com uma idéia, e um esforço de mobilização. Vamos pensar, propor, compartilhar e debater estas idéias. Podemos mudar radicalmente nosso maquinário público, e dar exemplo para todo o planeta.

Sammis Reachers 

Abaixo  o texto do Zé Maria:

Pela abertura fiscal de todos os candidatos

Zé Maria

Muitas pessoas têm perguntado qual minha opinião sobre essa baixaria que se estabeleceu entre a Dilma e o Serra. Nossa resposta é firme: se não há irregularidades, não há por que temer. Os dados fiscais de todos partidos e candidatos devem ser abertos, ter ampla divulgação, para que a população possa ter acesso a essas informações.

De qualquer forma, nada justifica as ações do PT. Esse partido, que chegou ao poder pela confiança dos trabalhadores, utiliza o aparelho do Estado para obter informações de seus adversários. É o vale-tudo eleitoral. Não é a primeira vez que caso como esse acontece. Em 2006, o PT já protagonizou o escândalo dos aloprados, quando surgiu um dossiê sobre os gastos pessoais de FHC, produzido dentro da Casa Civil, quando Dilma era ministra. Até hoje, ninguém foi punido.

Mas Serra também tem o rabo preso. É por isso que quer manter o sigilo fiscal. O problema começa no financiamento de campanha. Os grandes bancos e as grandes empresas dão dinheiro para as campanhas eleitorais e depois cobram a fatura.

O PT e o PSDB carregam nas costas escândalos de corrupção. Quem não lembra do mensalão do PT em 2005? Ou do panetone do Arruda, governador do Distrito Federal, no ano passado? É o sujo falando do mal-lavado.

No entanto, os trabalhadores não têm o mesmo direito ao sigilo. As informações sobre as suas vidas, seus dados, podem ser facilmente comprados nas grandes cidades. Neste dia 15 mesmo saiu na imprensa uma denúncia de que a polícia civil de São Paulo quebrou o sigilo criminal daqueles que tentaram emprego na Petrobras. Fizeram isso durante dez anos a pedido da empresa!

O PSTU não teme. Defendemos o financiamento público de campanha e não nos corrompemos aceitando dinheiro de empresas e bancos: nossa campanha é financiada pelos trabalhadores.

Reafirmo: é preciso acabar com o sigilo fiscal dos partidos, candidatos, coordenadores de campanha e ocupantes de cargos públicos.

via http://www.zemariapresidente.org.br
 

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Porque não votar no PT e sua coligação

Porque não votar no PT e sua coligação:

PNDH-3 – Programa Nacional de Direitos Humanos

Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República

Decreto no. 7037 de 21 de dezembro de 2009

Este documento está disponível em arquivo eletrônico no site: www.sedh.gov.br

Este projeto será votado na próxima legislatura do Congresso Nacional. Portanto é necessária muita prudência na escolha dos Senadores e Deputados Federais. É melhor não votar nos candidatos do PT, PMDB, PCdoB, PDT, PRB, PR, PSB, PSC, PTC e PTN, partidos que apóiam o PNDH

Analise os seguintes itens do PNDH-3

Inclusão social de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais.
No rol de movimentos e grupos sociais que demandam políticas de inclusão social encontram-se crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, pessoas com deficiência, povos indígenas, populações negras e quilombolas, ciganos, ribeirinhos, varzanteiros, pescadores, entre outros. (Página 53)

Desconstrução de estereótipos
a) Realizar campanhas e ações educativas para desconstrução de estereótipos relacionados com diferenças étnico-raciais, etárias, de identidade e orientação sexual, de pessoas com deficiência, ou segmentos profissionais socialmente discriminados. (Página 92)

Afirmação e promoção de uma cultura de respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero
Objetivo estratégico V:
Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero.
Ações programáticas:
a) Desenvolver políticas afirmativas e de promoção de uma cultura de respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero, favorecendo a visibilidade e o reconhecimento social. (Página 98)

União civil entre pessoas do mesmo sexo.
b) Apoiar projeto de lei que disponha sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Recomendação: Recomenda-se ao Poder Legislativo a aprovação de legislação que reconheça a união civil entre pessoas do mesmo sexo.


Direito de adoção por casais homoafetivos
c) Promover ações voltadas à garantia do direito de adoção por casais homoafetivos.

• Recomenda-se ao Poder Judiciário a realização de campanhas de sensibilização de juízes para evitar preconceitos em processos de adoção por casais homoafetivos.

• Recomenda-se ao Poder Legislativo elaboração de projeto de lei que garanta o direito de adoção por casais homoafetivos.

Incluir configurações familiares constituídas por gays, etc.
d) Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com base na desconstrução da heteronormatividade.

Uso de nome social de travestis e transexuais.
e) Desenvolver meios para garantir o uso do nome social de travestis e transexuais.

Recomendação: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal e municípios a promoção de ações que visam a garantir o uso do nome social de travestis e transexuais.

g) Fomentar a criação de redes de proteção dos Direitos Humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), principalmente a partir do apoio à implementação de Centros de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia

h) Realizar relatório periódico de acompanhamento das políticas contra discriminação à população LGBT, que contenha, entre outras, informações sobre inclusão no mercado de trabalho, assistência à saúde integral, número de violações registradas e apuradas, recorrências de violações, dados populacionais, de renda e conjugais.

Descriminalização do aborto.
g) Apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos. (Página 91)

Impedir símbolos religiosos em estabelecimentos públicos.
c) Desenvolver mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União. (Página 100)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

MARINA SILVA, POTIRA E OS MILAGRES AMAZÔNICOS



 Suzuki e Márcia - ATINI Voz pela Vida
Esta é uma daquelas cenas que a gente custa a apagar da memória. No meio de uma conferência importante, de gente grande, eis que uma menininha linda e despachada se aproxima da ilustre preletora. Com toda desenvoltura entrega-lhe um colar indígena, tasca-lhe um beijo estalado e posa sorridente para as fotos.

A preletora ilustre chama-se Marina Silva. A indiazinha despachada será chamada aqui de Potira.

Quanto mistério, quanta dor, e quanta esperança este encontro evoca. As duas nasceram na floresta amazônica, as duas enfrentaram a dureza da vida na mata. As duas estavam destinadas a engrossar as fileiras de brasileiras excluídas, anônimas e invisíveis.

Marina nasceu filha de seringueiro, tomou muito banho de igarapé e comeu pirarucu com farinha nas beiradas dos rios. Potira nasceu filha de índia solteira e por isso não chegou a comer nada, não tomou banho, nem lhe cortaram o cordão umbilical.

Marina ouvia as histórias do avô enquanto espiava a chama fina da lamparina nas noites escuras da mata. Potira não ouviu nada, só o choro abafado da mãe, obrigada a abandoná-la na floresta por conta da sua solteirice.

Marina imaginava o futuro enquanto se embalava na rede e sonhava um dia aprender as letras. Potira não teve rede, foi enrolada numas folhas de bananeira brava e largada perto de um toco de pau na beira da capoeira.

Marina se vestia com camisa de manga comprida para se proteger dos carapanãs e dos marimbondos, enquanto seguia o pai pelas picadas estreitas do seringal. Potira não conseguiu se proteger das formigas que se aproximaram e começaram a comer a placenta ainda ligada ao seu corpinho recém-nascido. Nem dos insetos que picaram suas pernas e seu rosto naquela noite comprida e chuvosa.

Marina mudou seu destino quando desafiou a sorte - teve coragem de pedir ao pai que a deixasse sair para estudar na cidade grande. A esperança de Potira surgiu quando duas tias decidiram escondê-la numa roça velha e correr por 4 horas na mata até o acampamento dos missionários.

Marina esperou até os 16 anos para conseguir decifrar as primeiras letras do alfabeto. Potira esperou 36 horas na mata até ser resgatada e salva da morte.

Dois milagres, duas histórias de superação, de desafio às leis da probabilidade. Marina aprendeu a ler no Mobral, veio a ser professora, doutora, senadora, ministra. Hoje é candidata a presidência da república. Potira foi adotada por uma professora paulistana casada com gaúcho, e ganhou duas irmãs rondonienses. É a caçula e o xodó da família.

O encontro da foto aconteceu recentemente num grande evento público em Brasília. Potira entregou a Marina Silva o colar em nome das crianças indígenas sobreviventes do infanticídio que são atendidas pela ATINI.

Em seguida, Kakatsa Kamaiurá, secretário geral da organização, também sobrevivente, tomou o microfone e fez seu apelo. Queria saber de Marina se ela se comprometia a defender o direito das crianças indígenas em risco de infanticídio. Marina respondeu emocionada que toda criança tem direito à vida e que ela priorizaria, em seu governo, os direitos dessas crianças.

Potira saiu toda saltitante, rindo orgulhosa por ter tirado foto com uma mulher tão importante.

.......

Eu conheço a Marina pessoalmente, ela acompanha nossa trajetória desde 2005 e já me ouviu por mais de uma hora atentamente em seu gabinete. Mostrou sensibilidade e nos encorajou muito em nossa luta pela dignidade das crianças indígenas. É a única que recebe os indígenas, que os escuta. É também uma crente comprometida, verdadeira, e uma pessoa de confiança e capacidade administrativa.

Eu "marinei" definitivamente. Convido você a ler os 12 pontos do texto abaixo e a se cadastrar no site http://www.movimentomarinasilva.org.br/ para apoiar a candidatura da Marina. Vamos acreditar em milagres e lutar contra as probabilidades!
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