Epicosmos
Estou aqui de boa e tento agora estabelecer em minha mente um
dimensão ideal epopeica, idealizando uma situação arquetípica para o Épico,
esse altivo deus.
Homero é pai, e não cabe citá-lo. Todo inicio principia com
os trezentos de Leônidas nas Termópilas, contra os demônios da alteridade de
Xerxes.
Depois saltamos para o século XX, a Legião Estrangeira
resistindo até o último homem, até o último cigarro, cheios de ódio, cheios de
ópio, honra e o deus da Guerra (não Apolo ou Satã, mas o próprio Homem) nas
veias, em Dien Bien Phu, contra a fúria dos vietnamitas.
Então volto ao desenho japonês Naruto, o ninja sensei
(mestre) Jiraya lutando sozinho, em terreno estranho e inimigo, com um dos
braços decepado, contra os seis corpos combatentes da entidade semidivina Pain,
usando todos os seus poderes, tudo o que pode, até tombar atravessado. Pode
haver algo mais épico? Sozinho, longe de seu pupilo messiânico (Naruto) que um
dia o vingará; longe de sua vila, morrendo mutilado por amor de todos que amou,
como aquele Deus naquela cruz, o único Deus que existe, morreu por mim.
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