Na morte em que fui Manoel Bandeira
Brincando de cabra-cega
Nas ruas de Tróia
Expus meu coração à intempérie:
Sakura solar, nênia de plástico,
Lótus anárquica
Encontrei-a e a perdi
Num (p)único mês
Que outro (re)curso contra aquele lábio,
Aquele olhar eluardiano?
Meu pétreo ódio pela poesia
Essa maldição dos tísicos
Ei-lo no pódio-coração litografado:
Tatuagem interna, Tebas de Anfíon,
Chuva de flechas, Heitor despedaçado.
Publicado originalmente na Revista Cujo #1.
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