Calma lá, meu amigo: Jason Bourne, o espião/exterminador desmemoriado do cinema nada tem a ver com nossas férias, e entrou aqui de gaiato, a título de piada. Mas a vida dele nos inspira: Nossas resenhas de jogos sobre "um homem, uma missão" são bem a pegada dos filmes do Jason: Um contra todos. E esta é afinal a nossa quarta resenha de férias (confira aqui a 1, a 2 e a 3). Sim, temos uma tetralogia.
Pois vamos logo, seus nintendeiros saudosistas, que nosso tempo é curto e a ação nos obriga!
O game possui bom game level e seu personagem, armado de espada, pode upar e emitir disparos variados, invocar esferas de fogo para lhe circundarem, e até paralisar o tempo. Você avança enfrentando seres bestiais e animais, por campos, cavernas e pântanos, com cada peleja sendo apimentada por seus respectivos chefões. Com belas telas e ótima música, temos aqui um plataforma de aventura clássico, com pitadas de Ninja Gaiden e Ghosts 'n Goblins. Huang Di é certamente uma boa pedida para iniciar os trabalhos nessas férias!
O game foi desenvolvido pela ACC e publicado pela Bandai em 1990.
Um desafiador game de plataforma, mas nem tão difícil, e temos sempre continues e passwords para garantir o avanço. Como diria Optimus Prime: Dinobots, vamos rodar!
Jogo desenvolvido pela Vic Tokai em 1990, ano bom. Na trama, a terra é atacada em 1999 pelo Império Krion, avançada tecnarquia cujos robôs quase indestrutíveis possuem um ponto fraco à la Superman: São suscetíveis a magia. É a deixa para os terráqueos, na figura do agente Kagemaru, convocarem a última bruxa não-selada, a adorável Francesca. Será sua missão vencer os apuros, tentar libertar Kagemaru e finalmente eliminar o imperador Krion, conhecido como Deus-Máquina (ou Deusa, pela cara) - antigo inimigo de Francesca. O jogo possui variações de enredo e nomenclaturas entre a versão japonesa e norte americana, mas isso era lei naqueles tempos de oeste selvagem dos oito bits.
Uma diversão agradabilíssima, que exigirá habilidade e tirocínio. Suba em sua vassoura e lá vamos nós!
Alguns powerups ajudam no seu avanço, como o P (Power Beam), que melhora seu tiro; G (Gravit Fireball), que permite entrar em modo bola de fogo na transição gravitacional; ou o A (Armor), que permite ao mecha aguentar mais um golpe/disparo antes de findar. E ainda S (Shield), que cria um escudo adiante do mecha. Dica: O tiro do escudo é o melhor, pois quando o escudo toca nos adversários, causa belo dano. Ah, e quando você vai mudar de gravidade, seu robô vira momentaneamente uma bola de fogo (G); essa bola CAUSA MUITO DANO nos adversários, e, se souber usá-la bem, vai salvar a pátria em muitos chefões e durante as fases. E, no final, naquele boss rush que você adora.
O ano é 2501 e uma poderosa arma instalada em Plutão entra em aparente pane, ameaçando a Terra e todo o Sistema Solar. Trata-se de um colossal canhão laser. Sua missão, na figura do mecha M-308 Gunner, é invadir o planeta e destruir a máquina, antes que a Terra seja pulverizada.
Este game, tido pela maioria dos especialistas como uma das joias ocultas do console, me surpreendeu. Deixe ele fazer você sofrer nessas férias!
Nosso Randy é um príncipe. O reino de seu pai, Ronnie IV (!!!) foi atacado e tomado pelas forças negrescentes de Black Slayer, o Rei-Demônio do Império Subterrâneo das Trevas. Na iminência de sua queda, Ronnie despachou seus dois filhos, Randy e Zakk, ainda bebês, para uma fuga ou exílio nas mãos de seu servo Ozzy. Mano, antes de continuarmos, você deve ter notado algo até aqui. O nome do jogo, bem como os nomes desses personagens, fazem referência a grandes nomes do Heavy Metal mundial. Randy Rhoads, legendário guitarrista que trampou com Ozzy; Ozzy o Osbourne, do Black Sabath, dispensa apresentações; Zakk Wylde, cantor e guitarrista que também trabalhou com Ozzy, liderando depois o Black Label Society. Já o imperador Ronnie não tem esse nome ridículo à toa: É uma homenagem a Ronnie James Dio, de bandas como o próprio Black Sabath, além da Raimbow e da... Dio. Por sinal, Holy Diver foi o álbum de estreia da banda Dio. E há ainda outras referências ao gênero, é só procurar. Depois dessa aulinha de rock, voltemos ao jogo, rapazes. Com dezessete anos, treinado e motivado, Randy - sem seu irmão, desaparecido - lança-se à cruzada em busca de vingança.
A cada fase e chefão defenestrado, você fatura um novo tiro, mas esses são limitados. Tiros duplos, congelamento do tempo (e do fogo), esferas de energia que circundam o seu personagem... Você também pega itens durante as fases, como as botas que permitem superpulos. Uma dica preciosa: Como em Castlevania, para repor life (corações) e tiros (esferas azuis) fique atirando naqueles inimigos de tela que vêm sem parar (em Castlevania, são as cabeças de medusa; aqui, círculos de fogo e outros). Outra dica: Há blocos quebráveis, que costumam liberar itens. Algumas vezes, ir e voltar na tela faz aqueles blocos quebrados aparecerem de volta, e aí essa é a manha, soldado. Você vai precisar. Conforme você avança, sua capacidade de acumular life e tiros também se expande.
O game é bastante difícil, com aquele gosto amargo de Haunted Castle (o famigerado Castlevania para arcades). Do jeito que você gosta.
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E aqui está o cardápio sugerido pelo maître para suas férias de meio de ano, com direito a farta trilha sonora.
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Sammis Reachers
Retrogamer ocasional (empolgado ou emocionado nas férias), tio Samerson é escritor e editor. Dá aulas de Geografia para pagar a conta de luz e colabora nas revistas Muito Além dos Videogames e Old Bits.
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